Nada é controlável essa é a beleza da vida. O guião do filme da nossa vida está em branco e é escrito por nós um dia de cada vez.
O ser humano, na sua essência, gosta de sentir que tem o controlo das situações. Gostamos de categorizar para compreender o meio envolvente e assim sentimos que estamos preparados e seguros dos passos que temos que dar.
Mas a vida é um teste diário, todos os dias demonstra que nos não controlamos nada. É apenas o nosso Ego a falar mais alto que a nossa intuição.
Estamos focados em pensar na experiência/momento que estamos a viver, em vez de simplesmente vivermos sem apego pelo resultado final. Quantas vezes já viveste verdadeiramente um momento sem racionalizar em excesso o resultado final?
Gostaria de fazer uma reflexão contigo, na tua visão porque achas que necessitamos de controlar o resultado final?
Na minha visão, estamos a tentar controlar o sofrimento, que pode ser causado pela experiência/momento, caso não corra como queremos. Temos medo de sofrer, temos medo de sentir sentimentos menos bons, usamos o controlo como um escudo protetor para não viver e não deixar fluir. Mas quanto mais entramos nesta espiral, com o passar do tempo, vai ser pior e quando o Universo nos fizer sentir será bastante duro.
Não nos podemos esquecer, o nosso campo emocional influência o nosso campo físico. Por vezes as manifestações físicas, podem ser simplesmente dores de costas, pela rigidez e pelo stress que acumulamos de querer controlar.
Gostaria de voltar um pouco atrás na minha linha de raciocínio, como referi acima o controlo está muito ligado ao nosso amigo Ego. Neste ponto, gostaria de vos falar do Chakra do Plexo Solar, é nele que “lutamos” contra o Ego. É neste local que as nossas emoções são sentidas e expressas, é o nosso amor próprio, é a conexão com o nosso poder pessoal e a capacidade de nos expressarmos verdadeiramente.
É necessário acreditar e confiar que nada acontece por acaso. É preciso ter fê e esperança que seja qual for o resultado final ele será o melhor para nós e para aqueles que nos rodeiam. Temos que lutar contra o apego, porque nada nos pertence e nós não conseguimos controlar a reação do outro.
Em vez de cairmos no papel de vítima “Tudo me acontece!”, quando passamos por uma situação desafiante deveremos responder a três perguntas: “O que aprendi?”, “O que conquistei?” e “Que experiência obtive?”.
Os maiores desafios são aqueles que nos tiram o chão, em que saltamos sem rede e acreditamos que no fim vai correr bem. É isto que precisamos trabalhar, precisamos de saltar mais vezes sem rede, arriscar
Como podemos trabalhar o controlo?
Diria que temos que primeiro permitirmos sentir. Sentir no corpo aquele “frio na barriga”, sentir no corpo que não correu tão bem… E não colocar esses sentimentos recalcados e em off, precisamos sentir o bom e o menos bom. E responder às três perguntas que vos disse acima. Escreve num papel, ajuda.
Devemos arriscar mais, sair da nossa zona de conforto enfrentar aquele medo que sempre tivemos. Quando digo, sair da zona de conforto, pode ser tão simples como ir jantar fora sozinho/a, pequenos gestos fazem grandes diferenças.
Devemos focar no caminho e não no resultado final, havemos chegar ao nosso destino, no nosso tempo.
Devemos perceber que o conceito “meu” e “teu”, são apenas pronomes demonstrativos e não uma extensão nossa, ou seja, com isto quero dizer que nós não controlamos a opinião ou a atitude do outro, devemos respeitar o espaço de cada um.
Por último devemos conectar ao nosso Poder Pessoal. O que gosto de fazer que me faz brilhar? O que me faz usar este meu fogo interno?
Somos seres únicos incomparáveis, cada um de nós tem um dom único, um propósito de vida, apenas temos que encontrar o nosso lugar neste grande Mundo. É necessário sair das caixas em que nos colocaram quando eramos mais jovens, ninguém é bom a tudo, ninguém é perfeito e não nos podemos comparar com os outros, pois cada um de nós tem o seu diamante em bruto interno.
Senta-te, olha para ti e pensa: o que me faz feliz? Questiona, escreve, não tenhas medo, arrisca e procura o teu lugar no mundo. Vais começar a sentir que os muros que ergueste para controlar começam a cair e começas a “Aceitar, Agradecer e Entregar”.
E lembra-te:
“Tudo o que podes perder, não te pertence.”